Por que a Lagoinha?

A Lagoinha é um território tradicional que guarda inúmeras e valiosas histórias da origem da capital mineira. Desde os anos 1970, a região vem passando por um processo de degradação, em virtude das obras do complexo viário, que serviram como uma espécie de obstáculo entre o bairro e o Centro da cidade. Hoje, entretanto, em razão de um conjunto de iniciativas locais, o bairro se movimenta e tem a chance de se tornar um polo de criatividade e inovação.

Por Filipe Thales,

A Lagoinha

O bairro que batizou o tradicional “copo americano” como Copo Lagoinha não poderia ser um lugar quieto. Antes da construção do complexo ferro-rodoviário na década de 1980, a Lagoinha estava integrada ao centro de Belo Horizonte. Tinha o seu comércio agitado, os botequins sempre abertos e cheios, suas pensões, o Ribeirão Arrudas, o mercado, farmácias, camelôs, delegacias, o barulho do trem do subúrbio e os cinemas Paisandu e São Geraldo. O rompimento do eixo centro-bairro, com a construção do complexo ferroviário, marcou o início de uma fase de degradação e falta de investimentos na preservação do seu patrimônio, cultura, esporte, segurança e entretenimento.

Em meados de 2007, impulsionada por corpos impactados pela força da mudança, a Lagoinha entra numa órbita diferente. Influenciados pela ancestralidade, a turma da turma, ao conhecer a origem das pedras que construíram a cidade, aprenderam com os afronautas griôs a se comunicarem de coração pra coração. A partir daí começam a conectar pessoas que acreditam no poder da resiliência e enxergam muito mais oportunidades e riquezas que um olhar superficial pode identificar.

 

Lugar acolhedor – A região da Lagoinha é um grupo de estrelas próximas umas das outras, e que, ligadas por linhas imaginárias, são diferentes e se distinguem por nomes especiais como Bonfim, Carlos Prates, São Cristóvão (Conjunto IAPI), Pedreira Prado Lopes, Vila Senhor dos Passos (Buraco Quente), Santo André, Concórdia, Colégio Batista, Centro e Lagoinha.

Divida entre as regionais centro-sul, noroeste e nordeste, o Complexo da Lagoinha além da história da construção da cidade, carrega modos de vida bem peculiares. A essência da Lagoinha é acolher tudo e todxs, dos imigrantes Italianos aos remanescentes de quilombos da região Central de Minas; das que têm o dom de trabalhos manuais aos intelectuais que registram em livros suas vivências aqui; dos que estão aqui há muito tempo a você, que habita essa nave chamada Orbi Conecta.

Encante-se

Galeria do Constelação Lagoinha

As ilustrações que você confere por aqui fazem parte do projeto Constelação Lagoinha.
O Órbi convidou a startup Pomme e o movimento Viva Lagoinha para pesquisar o território e criar de uma série de ilustrações capazes de unir a história do bairro aos futuros.

O artista local Saulo Pico foi convocado para a missão de retratar o que existe em órbita na Lagoinha. É uma representação artística do universo Lagoinha e o universo Órbi, e de como podemos interagir em harmonia, unindo forças e co-criando futuros.

Legal, né?

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